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Quem espera em Deus, não perde por esperar!!!


terça-feira, 30 de julho de 2013

Inveja, Um Grave Pecado

A inveja, do hebraico qinah, do grego phthonos, e do latim invidere, pode ser entendida como uma tristeza, um ressentimento pela prosperidade e felicidade do próximo. O invejoso não deseja o lugar ou os bens do outro (cobiça), mas que o outro não seja bem sucedido em suas realizações e na vida.

Conforme Champlin:

A inveja é uma das maiores demonstrações de mesquinharia humana, causada pela queda no pecado. Os invejosos chegam a fazer campanhas de perseguição contra suas vítimas, as quais, na maioria das vezes, não têm qualquer culpa por haverem despertados tal sentimento nos invejosos. Geralmente os malsucedidos têm inveja dos bem-sucedidos. Essa é uma tentativa distorcida para compensar pelo fracasso, glorificando ao próprio “eu” e procurando enxovalhar a pessoa invejada. Está baseada, portanto, na mais pura carnalidade. Muitas vítimas da inveja já descobriram que a melhor maneira de evitar o invejoso é fugir dele. Uma pessoa bem-sucedida não pode abandonar o seu sucesso, somente para satisfazer o invejoso, tornando-se um fracassado como ele [...]. A inveja tem sido motivo para muitas histórias pervertidas, para muitos dramas humanos.

Observemos a maneira como na Bíblia o tema “inveja” é tratado:

- A inveja é algo que não devemos ter em relação aos homens iníquos, perversos, violentos, pecadores, malignos, malfeitores (Sl 37.1; 72.2-3; Pv 3.31; 23.17): A aparente felicidade e prosperidade dos homens que não temem a Deus não deve despertar em nós tão pernicioso sentimento. É preciso que consideremos o fim deles (Sl 73.17-20).

- A inveja promove a competição entre os homens (Ec 4.4): As nossas habilidades, talentos, realizações e trabalhos não devem ser produzidos pela inveja, pelo desejo de superar o outro, de ofuscá-lo ou ridicularizá-lo.

- A inveja é um pecado característico do mundo pagão/gentio sem Deus (Rm 1.29): Ao escrever aos romanos ele declara que o homem sem Deus está cheio de inveja (gr. mestous phthonou, μεστους φθονου).

- A inveja é uma das obras da carne (Gl 5.21): A inveja (gr. phthonoi, φθονοι) é uma obra da carne (gr. erga tes sarkos, εργα της σαρκος, Gl 5:19). Para Barclay, a carne é “a natureza humana conforme se tornou através do pecado”.

- A inveja é o motivo pelo qual alguns proclamam a Cristo (Fp 1.15): Era “por inveja e rivalidade” (gr. dia phthomon kai erin, δια φθονον και εριν), que alguns tentavam ofender e atrapalhar a prosperidade do ministério de Paulo.

- A inveja é resultado de mentes contenciosas e entorpecidas por heresias, que usam a piedade com fonte de lucro (1 Tm 6.3-5): O entorpecimento, a obsessão, o desejo egoísta dos falsos mestres fazem nascer inveja (gr. givetai phthonos, γινεται φθονος, v. 4).

Clemente de Roma, um dos Pais da Igreja, ao escrever a sua Primeira Carta aos Coríntios, adverte acerca dos males da inveja, e afirma ter sido ela a causa do assassinato de Abel (fratricídio), por seu irmão Caim (Gn 4.3-8; 1 Jo 3.11-12), do ódio dos irmãos de José (Gn 37.3-4), da sedição de Arão e Miriã (Nm 12.1-16), da rebelião de Corá, Datã e Abirão (Nm 16.1-3), da perseguição de Saul sobre Davi (1 Sm 18.6-12). A inveja pode ter gerado a armação feita pelos presidentes e sátrapas contra Daniel (Dn 6.1-13). Foi a inveja que desencadeou o plano dos líderes judaicos para matar Jesus (Mt 27.18; Jo 11.47-53).

A inveja foi também incluída na lista dos sete pecados capitais. Os sete pecados capitais foram formalizados no século VI, quando o papa Gregório Magno, tomando por base as cartas de Paulo, definiu como sendo sete os principais vícios de conduta: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja. A lista só se tornou "oficial" na Igreja Católica no século XIII, com a Suma Teológica, documento publicado por Tomás de Aquino. No documento, ele explica o que os tais sete pecados têm que os outros não têm. O termo "capital" deriva do latim caput, que significa cabeça, líder ou chefe, o que quer dizer que as sete infrações são as "líderes" de todas as outras.

Luís Vaz de Camões (1524-1580), poeta português, considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa, disse: “onde há inveja, não há amizade”.

A inveja é um mal que está presente na vida em família, na vida em sociedade (escola, faculdade, trabalho, etc) e na comunidade cristã, inclusive entre os seus líderes (obreiros, ministros, etc.).

Oremos a Deus, e assim como fez Davi (Sl 139.23-24) peçamos que Ele nos sonde, e veja se em nosso íntimo há algum caminho mal, dentre os quais, o caminho da inveja, para que trilhemos o caminho da alegria e do gozo pela felicidade e pelo sucesso no nosso próximo (Rm 12.15a).

Amado irmão, caminhe firme na Palavra e confiante no Senhor, para que assim as aflições que a inveja provoca sejam superadas. Não tema os invejosos. Querendo ou não, gostando ou não, aqueles que não vivem conforme a reta justiça contemplarão o cumprimento das promessas do Senhor em nossas vidas, para a manifestação e o louvor de sua glória:

Lembrai-vos disto e tende ânimo; tomai-o a sério, ó prevaricadores. Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei. Ouvi-me vós, os que sois de obstinado coração, que estais longe da justiça. Faço chegar a minha justiça, e não está longe; a minha salvação não tardará; mas estabelecerei em Sião o livramento e em Israel, a minha glória. (Is 46.8-13, ARA).

|  Autor: Altair Germano

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Largue Esta Serpente no Fogo!

Leia Atos 27.37 a 28.6

Paulo era um prisioneiro de um navio com 276 pessoas, que naufragou próximo a Ilha de Malta. Lucas, o autor do livro de Atos, conta que os habitantes de Malta receberam os náufragos com muita hospitalidade, que chovia e fazia frio. Isto levou os hospedeiros a acender uma fogueira. Ao apanhar gravetos para lançar na fogueira, o apóstolo Paulo foi surpreendido por uma víbora venenosa que mordeu sua mão e nela ficou dependurada. Existe uma aversão quase que geral das pessoas para com as cobras. Talvez isto se explique pelo fato de a serpente ter sido o animal que Satanás usou para tentar a mulher e o homem no Jardim do Éden.

1) Existem momentos em que coisas ruins acontecem com frequência: Prisão, risco de ser morto pelos guardas do navio, naufrágio, serpente!

2) Não espere que as pessoas compreendam os momentos difíceis na sua vida: v4 (certamente este homem é assassino, pois tendo escapado do mar, a justiça não lhe permite viver)

- As pessoas gostam de ser compreendidas, mas não gostam de compreender.
- Quando aprendemos a compreender, somos compreendidos.

3) Muitas vezes somos de Deus, mas nossa mente serve a outros deuses: O povo de Malta cria numa deusa chamada Dike, a deusa da justiça. Por isso viam a situação pela ótica da deusa que serviam.

4) Nossa situação não é definida pelo momento que passamos, mas pelo final da história:
V 6: (porém, esperavam que ele começasse a inchar e que caísse morto de repente...)


5) Homens de Deus devem ter reações especiais na hora da adversidade!
- Como deve ter sido a reação de Paulo ao aparecer na Ilha de Malta após o Naufrágio?
- Como deve ter sido a reação de Paulo ao ser picado pela serpente?
- Como Paulo deve ter reagido enquanto avaliado pelos nativos e pela tripulação?
- Paulo transformou aquele momento em um “show particular” e foi chamado de “deus”
- Em uma frase ele era assassino amaldiçoado; na outra frase, ele era um deus! Tem uma frase nova para sua vida!!!!

Palavras de Paulo: Filipenses 4.7: E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês, em Cristo Jesus.

6) Deus espera que você seja o mesmo super crente, mesmo em momentos de aflição! Nos versos 7 a 9, Paulo curou um homem importante de Malta, e depois curou muitas pessoas na cidade.

7) Quando passamos fiéis pela adversidade, Deus transformará o agente de adversidade em agente de honra em nossa vida! 10 os quais nos distinguiram com muitas honrarias; e, tendo nós de prosseguir viagem, nos puseram a bordo tudo o que era necessário.
 
|  Autor: Pr. Ricardo Ribeiro  |