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"Espera no Senhor, anima-te, e Ele fortalecerá o teu coração". (Sal 27:14)
Quem espera em Deus, não perde por esperar!!!


sábado, 15 de fevereiro de 2014

Formas de Vencer a Amargura


Quando um sentimento doloroso é arrastado pelo tempo é sinal de que a cura interior ainda não aconteceu.

Textos - I Reis 2.1-6 e - Hebreus 12:15

Há pessoas que têm guardado mágoas em seus corações por mais de vinte anos e estas mágoas criaram raízes profundas, ao longo desse tempo, assumindo parte ou totalidade do caráter e comportamento dessas pessoas. Rejeições e traumas são experiências dolorosas que criam o ambiente fértil para que raízes de amargura sejam geradas, com profundidade, nos corações das pessoas.

Exemplos: Um filho adulto guarda mágoa do pai desde a infância por causa de uma palavra dita impensadamente diante de seus amigos ou o caso de uma esposa que não perdoa o marido por algo que ele fez de errado na lua de mel. Estes são exemplos de raízes de amargura ou ressentimentos que se estabeleceram e se desenvolveram com o tempo porque nenhuma providência foi tomada no sentido de cortar o mal pela raiz.

O que é ressentimento?

É sentir de novo todas as emoções ruins provocadas por uma mágoa guardada no coração e enraizada pelo tempo. É sentir profundamente, estar magoado, ofendido, ferido, afligido, triste, desgostoso, angustiado.

Ressentir é trazer á tona momentos ruins dolorosos, inacabados, uma sensação de amargura, raiva ou vingança. É ficar contemplando cenas de um passado doloroso, através de imagens mentais; Reviver com as mesmas sensações fatos que nos causaram mágoas.

Esses sentimentos ruins tendem a ficar escondidos no coração de tal maneira que as pessoas não percebem de imediato. Todos acham que está tudo bem, mas um dia os frutos amargos são produzidos e ninguém mais deseja estar próximo de uma pessoa com raízes de amargura.

A mágoa plantada no coração é como um veneno que você toma e espera que o outro morra (mas quem está se envenenando é você!). Há pessoas que vivem no veneno. Li, já faz um bom tempo, sobre a história de Amós e Andy, apresentada num programa de televisão nos Estados Unidos. Andy estava muito chateado porque um colega sempre que o via dava-lhe um tapa no peito como forma de saudação. Aquilo deixava Andy furioso. Um dia ele teve a idéia de vingança e colocou uma bomba no peito, por baixo da roupa para destruir a mão do colega no momento que repetisse aquela brincadeira desagradável. O problema é que Andy esqueceu que não só a mão do colega seria destruída, mas o seu próprio coração e vida.

Ressentimentos causam isolamento social e quebra de relacionamentos.

(Pv 18:19) "O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte;

Construímos muros emocionais ao nosso redor quando somos feridos por alguém. Ficamos fechados no intuito de guardar nossos corações e preveni-lo de futuras feridas.

Como medida de ataque usamos o silêncio vingativo, ficamos isolados do convívio de determinadas pessoas, barrando a aproximação de todos que nos magoaram, negando-lhes o acesso a nossa vida até que nos paguem tudo o que nos devem.

Ressentimentos e mágoas estão diretamente associados com outros problemas comportamentais: rejeição, vergonha, sentimento de indignidade, auto-compaixão, insegurança, contenda, dissensão, ira, ódio e vingança. Todos esses sentimentos negativos provocam doenças: úlceras, palpitações, taquicardia, pressão alta, enfarto, insônia, artrite, dores de cabeça, doenças de pele, etc.

O ressentimento é uma cadeia que lhe prende às emoções negativas, impedindo seu crescimento na fé e espiritualidade. É também uma cadeia que lhe prende ao passado , impedindo-lhe de ser e ver o que Deus deseja para você hoje.

A Bíblia nos dá um exemplo sobre o ressentimento na vida de um homem que durante toda a sua existência foi exemplo de uma pessoa emocionalmente equilibrada, mas que um dia se deixou abater por mágoas. O rei Davi quando estava velho, já para morrer, deu algumas ordens a seu filho e sucessor Salomão e também mencionou sobre Joabe, pedindo a seu filho que se vingasse por ele e não deixasse Joabe morrer em paz. I Rs 2:1-6

O grande problema do ressentimento é a falta de perdão. A falta de perdão bloqueia as bênçãos de Deus sobre nossa vida. Veja que não se trata de Deus não querer abençoar, mas de que a falta do perdão impede de que as bênçãos cheguem até nós.

(IS 59:1) "EIS que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir."

(IS 59:2) "Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça."

Se perdoamos somos perdoados, se não perdoamos não somos perdoados.

Mt 6:14,15 – Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.

Se retemos o perdão satanás alcança vantagem sobre nós. A falta de perdão nos mantém em escravidão – Se não perdoarmos seremos entregues aos espíritos atormentadores.

II Coríntios 2:10,11
– A quem perdoais alguma coisa, também eu perdôo; porque, de fato, o que tenho perdoado (se alguma coisa tenho perdoado), por causa de vós o fiz na presença de Cristo; para que satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios.

Recomendações bíblicas para lidar com os ressentimentos

É importante que cada um saiba que não podemos evitar totalmente um trauma suas conseqüências imediatas, tais como uma mágoa ou ira. Mas, somos nós que escolhemos viver ou não o resto da vida com estes ressentimentos e mágoas.

A Bíblia Sagrada aponta várias providências para evitarmos que este mal venha nos destruir.

O exemplo de Perdão de José do Egito

Você pode ter como exemplo a vida de José, onde seus irmãos lhe intentaram o mal, porém Deus abençoou José grandemente, chegando a ser o braço direito de Faraó. E José não se vingou de seus irmãos no momento em que teve a oportunidade, mas pelo contrário, os perdoou e os ajudou.

Vejamos a seguir algumas preciosas recomendações bíblicas para lidarmos com os ressentimentos:

Confissão e Arrependimento

Há muitas pessoas em nosso meio que precisam muito mais de arrependimento e confissão de pecados do que tratamento psicológico. Suas vidas estão superlotadas de lixo. São portadoras de enfermidades físicas e diversos problemas emocionais porque guardam sentimentos maldosos para com outras pessoas. Podem ser totalmente curadas quando estiverem dispostas a confessar seus pecados e a ministrar o perdão.

(SL 32:3) "Quando eu guardei silêncio, secaram os meus ossos...."

(1JO 1:9) "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça."

Você deverá tentar descobrir, com uma auto-análise, a existência de mágoas ocultas, necessidades insatisfeitas, emoções reprimidas, que muitas vezes lhe impedem de alcançar vida social equilibrada. Saiba que não acontecerá a cura enquanto as lembranças penosas não forem localizadas e tratadas com oração e confissão.

A importância da confissão - No jornal Lexington Herald-Leader (EUA) de 23/09/84 já trazia um artigo afirmando que a confissão, sem levar em conta o que possa fazer para a alma, faz bem para o corpo. Estudos mostram de modo convincente que as pessoas que confiam a outras seus sentimentos e segredos perturbados ou algum evento traumático, em lugar de suportarem sozinhas os problemas, são menos vulneráveis às moléstias.

Dr. James Pennebaker , da Escola de Medicina Johns Hopkins diz, em The Journal of Abnormal Psichology, que há benefícios para a saúde quando nossos segredos mais penosos são compartilhados com os outros. Ele diz ainda que o ato de confiar em alguém protege o corpo contra tensões internas prejudiciais que são o castigo por levarmos um fardo emocional, como, por exemplo, um remorso reprimido. Os fatos foram também confirmados por pesquisas recentes da Universidade de Harvard. (A Cura das Memórias - David A Seamands, pág.48)

2 – Não se ponha o sol sobre a vossa ira - Ef 4:26 e Sl 4:4 - A regra geral é que não podemos dormir com mágoas no coração. As mágoas não podem ficar dentro de nós até o dia seguinte. Temos que resolver o problema antes de dormir, liberando perdão a quem nos ofendeu.

3 - Perdoar não é sentimento, é decisão - A Palavra de Deus não diz para perdoarmos, quando sentimos vontade; pelo contrário, ela nos ordena a perdoar como forma de decisão e não por sentimentos. Trata-se de uma obediência ao mandamento do Senhor. Saiba que enquanto não perdoarmos, nossas emoções estarão presas, por isso temos que tomar a decisão de perdoar, para que haja a libertação de nossas emoções.
Antes de tomarmos a decisão de perdoar, estamos debaixo do poder de escravidão do pecado. Após tomarmos a decisão de perdoar teremos a comunhão com o Senhor restaurada e a Graça fluirá suficientemente para nos libertar de toda raíz de amargura (rejeição, ressentimento, ira, contenda, dissensão, mágoas e vinganças). Quando o perdão for consumado, nossas emoções serão gradativamente libertas e a sensações de alívio e paz serão restabelecidas em nosso ser.

4 – Temos que Perdoar como Deus Perdoa. Deus não traz de volta um pecado que foi perdoado.

Isaías 43:25 – Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim dos teus pecados não me lembro.

Essa história de que “perdôo mas não esqueço” não é perdão. Não devemos ficar lembrando do que já se perdoou. Não fique revivendo a cena ruim. Não esteja ruminando o sentimento de mágoa de um fato preso ao passado. Libere perdão e continue a vida.

(Lm 3:21) "Disto me recordarei na minha mente; aquilo que me dá esperança."

Cl 3:13 – Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou assim também perdoai vós

- Saiba que o perdão é o Machado que Deus coloca à disposição de todo homem para cortar as raízes de amargura.
- Perdoar é imitar o Senhor Jesus, rasgar o escrito de dívida contra nosso próximo.
- Perdoar é deixar que Deus ame a outra pessoa através de nossa vida
- Somente o Amor cobre uma multidão de pecados ( I Pe 4:8) e o Amor não se ressente do mal. I Co 13:5.

Baruk Há Shem! Shalom Adonai!

| Autor: Benne Den | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

Reconstruíndo Com Pedras Queimadas - Neemias


Não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força." Neemias 8:10

Neemias foi contemporâneo de Esdras. Ambos viveram em uma fase difícil da história de Israel, quando o povo havia sido levado cativo para Babilônia e os que ficaram na cidade de Jerusalém, conviviam com um cenário desastroso. A cidade estava destruída. Casas e muros derrubados, construções em pedras despedaçadas pelo contato com o fogo e fúria dos inimigos.

“Os sobreviventes, lá na província que escaparam do cativeiro estão em grande dificuldade e vergonha, o muro de Jerusalém é dividido, e as suas portas foram destruídas pelo fogo.” Ne 1:3

Copeiro do rei Artaxexes, considerado funcionário de confiança da corte, Neemias servia na capital de Susã, a 150 milhas do Rio Tigre, que atualmente é o Irã. Ele adquiriu permissão e favores do rei para voltar a Jerusalém e reconstruir a cidade e suas fortificações. O ano é aproximadamente 432 a. C. O que aprendemos com Neemias? Essa é mais uma narrativa Bíblica fortalecedora, restauradora! Neemias era um homem de fé e temor a Deus, morando em um luxuoso palácio, nada lhe faltava, mas seu coração desfalecia pelos compatriotas judeus. Ele deixa o palácio e segue em missão para Jerusalém. Um homem que revela a grandeza da intercessão, da oração humilde, sincera e cheia de amor ao próximo. Além disso, a capacidade de discernimento de Neemias é algo que devemos buscar a fim de não cedermos às ciladas do inimigo. 

“À noite me levantei, e uns poucos homens, comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no coração para eu fazer em Jerusalém .

Então, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser vergonha.” Neemias 2:12 e 17.

Reedificar a cidade de Jerusalém representava também recobrar os ânimos dos moradores, a alegria de espírito, a comunhão espiritual com Deus. Jerusalém estava nua, desprotegida. Sem fronteiras, os inimigos adentravam livremente na cidade, saqueando o que restava, inclusive as vidas. Disse Jesus: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.” Ap 16:15. Essa situação é tão idêntica ao homem caído, entregue ao pecado. Sua alma fica refém do diabo que tem acesso livre às portas de seu coração. Neemias vem nos dizer que as fortalezas de pedra, destruídas e queimadas a fogo pelos inimigos, podem ser erguidas novamente, aleluia!

E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito; e escarneceu dos judeus .E falou na presença de seus irmãos, e do exército de Samaria, e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-lhes-á isto? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas? Neemias 4:1-2

Sambalate é a imagem de Satanás, aquele que nos acusa e despreza na tentativa de nos fazer desistir . Seu desejo é como uma boca grande e sempre aberta para devorar dizendo palavras de derrota: “ pobres e fracos judeus, tudo que têm são montões de pedras queimadas que só servem para o lixo, até uma raposa derrubaria esses muros que pensam em reconstruir”. Querido leitor, essa é a missão do mal. Tal qual fez com Neemias faz conosco. Diz que não somos capazes, que somos pecadores, “pedras queimadas”. Seu prazer é ver muros derrubados, territórios saqueados, nus a frio e fome. Quando estivermos ouvindo essas vozes que surgem muitas vezes em forma de pensamento, ou através de “Sambalates”, saibamos de onde vem. Procuremos, assim como fez Neemias, orar , confiar e não desistir de agir conforme a Palavra.

A figura das pedras queimadas merece destaque.  Para Sambalate elas eram inúteis montões. Para Neemias, tinham valor tal qual as pedras originais. Essas pedras queimadas, podem ser eu e você, leitor. Feridos, decepcionados, vivendo adversidades. Pode ser quem um dia já se sentiu forte e feliz o bastante para ser muro sem brechas. Pode ser o que se levanta, se ergue, após seguidas derrotas. Pedras queimadas fala de vidas “passadas pelo fogo” e que aos olhos de muitos pode não ter valor, mas para Deus assim como para Neemias, elas podem reconstruir com a mesma força e utilidade de pedras virgens. Pedras queimadas em Jerusalém, fala de vida espiritual. Pessoas que já viveram com vigor a vida cristã e hoje não mais. Acredito que muitas são as pedras queimadas espalhadas pela igreja, necessitando serem ajuntadas e valorizadas para construírem (ou reconstruírem) fortalezas.

Neemias 4:7 E sucedeu que, ouvindo Sambalate e Tobias, e os árabes, os amonitas, e os asdoditas, que tanto ia crescendo a reparação dos muros de Jerusalém, que já as roturas se começavam a tapar, iraram-se sobremodo.

Muro feito com pedras queimadasEssa é uma fotografia de um muro reedificado com pedras queimadas, é perceptível a diferença de cor comparando-as com as pedras originais, elas são mais escuras. Esse muro fica em Banias 150 Km ao norte de Jerusalém. São séculos de construção e as pedras queimadas continuam firmes na sustentação da obra.  Neemias não descartou as pedras queimadas e viu que poderiam ser tão úteis quanto as demais, e ele estava certo. Sambalate estava furioso porque os muros se reerguiam, as brechas se fechavam, mas  Deus era com os construtores e a obra não parava. Neemias 4: 14 “ Não os temais! Lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai por vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas.”

Reconstruir os muros significava também reconstruir a vida familiar de muitos dos envolvidos na obra. Que grande, magnífica lição nos traz o livro de Neemias! Para cada vida restaurada espiritualmente, para cada pedra queimada assentada, muitas outras vidas beneficiadas! Não devemos desistir de buscar a Deus por causa da rudeza do mundo, da maldade das pessoas. Pelo contrário. Se desanimarmos na batalha, seremos a pedra inútil que “Sambalate” se alegrará em chutar e despedaçar até virar pó e se esvair como poeira. Nossa força não está em nós mesmos, mas no Senhor, grande e temível, o mesmo que foi com Neemias para vencer.

“Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de elul, em cinquenta e dois dias.” Neemias 6:15

"Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força." Neemias 8:10

A destruição se dá de forma tão rápida que às vezes é difícil de acreditar como em  pouco tempo as coisas tomaram proporção tão grande! O fogo que consome uma floresta, carros que se chocam na estrada, guerras armadas, tudo destrói em segundos e às vezes leva anos para ser reconstruído. Criticar como Sambalate é mais fácil que agir como Esdras, por essa causa, o mundo conspira contra os filhos de Deus. Os muros da cidade de Jerusalém foram reconstruídos, sob a liderança de Neemias, em 52 dias. Foram destruídos em no máximo uma semana. Se nós estamos hoje tal qual as pedras queimadas de Jerusalém, saibamos que somos preciosos para Deus. A força para se reerguer está no Senhor que se alegrará em nos colocar como alicerce em nossa casa, trabalho, enfim aonde formos. Sambalate armou muitas armadilhas para que Neemias fosse morto e parasse a obra, mas não teve sucesso porque nem por um minuto Neemias duvidou de que Deus era com ele para o bem: “ A boa mão do meu Deus era comigo” Ne 2:8.

Essa é a lição trazida pelas pedras queimadas erguidas nos muros da cidade de Jerusalém. Oro para que assim como tenha falado a mim, fale a tantos quantos o Senhor Deus enviar.

Deus o abençoe.

| Autor: Wilma Rejane | Divulgação: estudosgospel.Com.BR |

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A Verdade Sobre a Tribulação


Quase todo mundo já passou por tempos turbulentos e traumáticos, durante os quais experimentou muita incerteza ou talvez até grande dor e tristeza. Estes tempos geralmente são períodos de crise individual, familiar ou mesmo nacional, em que todo recurso pessoal, físico e emocional é utilizado para superar os problemas. Angústia, tristeza, perseguição, tragédia, catástrofe, fome, guerra e incertezas são dinâmicas muito reais no dia-a-dia e nas notícias. Mas, segundo a Bíblia, haverá um tempo futuro de angústia ainda maior conhecido como "Tribulação". Essa era virá depois do Arrebatamento da Igreja e será o pior período de sofrimento que o mundo já experimentou. Ela será o maior "choque do futuro".

Os especuladores econômicos de Wall Street geralmente são divididos em otimistas e pessimistas (chamados de "touros" e "ursos"), conforme sua "interpretação" dos indicadores e das tendências econômicas. Da mesma forma, intérpretes da Bíblia podem ler suas passagens proféticas e entender grande parte do plano de Deus para o futuro. A diferença é que, através do estudo da profecia com cuidado e oração, a maior parte da especulação pode ser eliminada. Ao contrário dos mercados futuros, o plano de Deus é claro e certo. Acreditar no Arrebatamento implica que os crentes devem ser pessimistas e apáticos? Evidentemente que não! Devemos ser realistas e vigilantes. Somos realistas com relação ao futuro e esperamos a vinda do Senhor Jesus Cristo para Sua Igreja. Mas também reconhecemos que depois do Arrebatamento haverá um tempo de intensa Tribulação mundial.

A Bíblia fala mais sobre esses sete anos do que sobre qualquer outro período de tempo profético. Durante esses sete anos, o Anticristo surgirá, haverá perseguição aos novos crentes e ao povo judeu, e a grande batalha de Armagedom e a Segunda Vinda de Cristo acontecerão.

O Novo Testamento nos ensina que a atual era da Igreja também incluirá provações e tribulações. Jesus disse: "No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16.33). O apóstolo Paulo advertiu: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2 Timóteo 3.12). Mas a perseguição do mundo contra a Igreja nesta era não é a ira de Deus. A tribulação futura será um tempo de castigo de Deus sobre o mundo que rejeitou a Cristo - um tempo do qual a Igreja será livrada como o nosso Senhor prometeu (Apocalipse 3.10; 1 Tessalonicenses 1.10; 5.9).

Os crentes podem viver diariamente com a certeza de que a história humana terminará com Jesus Cristo como o Vencedor. O futuro é certo. Mas Jesus disse aos Seus discípulos que antes da vitória final "haverá Grande Tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais" (Mateus 24.21). Na sua intensidade e agonia, essa época será infeliz e indesejável. Mas foi previsto que ela vai acontecer e está descrito como ela será. A Bíblia diz que ela será trágica, mas real. [...]

Qual a relação entre "o tempo da ira de Deus" e a Tribulação?

Já que a Bíblia usa muitos termos para descrever uma variedade de atividades associadas ao julgamento de Deus durante a Tribulação, e já que "Tribulação" e "ira de Deus" às vezes são usadas para referir-se ao mesmo período de tempo (i.e., a Tribulação de sete anos), conclui-se que o tempo da ira de Deus acontece durante a Tribulação.

A base bíblica para essa conclusão pode ser oferecida da seguinte maneira: Deuteronômio 4.30 descreve esse período do fim dos tempos como tempo de tribulação. Sofonias 1.15 chama o mesmo dia "de alvoroço e desolação" (i.e., tribulação) e de "dia da ira". Os autores do Novo Testamento tomam esse termo do Antigo Testamento e usam-no como característica geral do que denominamos de período de sete anos da Tribulação, já que é um tempo em que a ira acumulada de Deus é liberada sobre a história humana e traz retribuição a um mundo que rejeitou a Cristo, mundo que será motivado por Satanás a perseguir crentes e judeus (Romanos 2.5; 5.9; Colossenses 3.6; Apocalipse 14.10, 19; 15.1,7; 16.1,19; 19.15).

Por exemplo, Romanos 2.5 diz: "Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus".

Portanto, vemos que a Bíblia diz que o que acontece com a humanidade na Tribulação será motivado pela ira de Deus, que está se acumulando durante a atual era da graça. [...]

Qual a relação entre "o tempo de angústia para Jacó" e a Tribulação?

A frase "tempo de angústia para Jacó" vem da profecia encontrada em Jeremias 30.5-7: "Assim diz o Senhor: Ouvimos uma voz de tremor e de temor e não de paz. Perguntai, pois, e vede, se acaso, um homem tem dores de parto. Por que vejo, pois, a cada homem com as mãos na cintura, como a que está dando à luz? E por que se tornaram pálidos todos os rostos? Ah! Que é grande aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela".

Nessa passagem o profeta Jeremias fala de um tempo ainda futuro quando grande angústia ou tribulação virá sobre todo o Israel, que é simbolicamente denominado de "Jacó". Esse tempo é a Tribulação futura, ou um evento passado? É melhor interpretar esse tempo de angústia como algo que ainda é futuro para Israel - um tempo conhecido como a septuagésima semana de Daniel ou a Tribulação. O expositor bíblico e estudioso de profecia Dr. Charles H. Dyer escreve sobre essa passagem e seu significado:

A que "tempo de angústia" Jeremias está se referindo? Alguns acham que ele está indicando a derrota de Judá pela Babilônia ou a derrota posterior da Babilônia pela Medo-Pérsia. Mas, em ambos esses períodos o Reino do Norte, Israel, não foi afetado. Ele já tinha sido levado ao cativeiro (em 722 a.C.). Uma solução melhor é que Jeremias está referindo-se a um período de tribulação futuro quando o remanescente de Israel e Judá sofrerá uma perseguição incomparável (Daniel 9.27; 12.1; Mateus 24.15-22). O período terminará quando Cristo aparecer para resgatar os Seus eleitos (Romanos 11.26) e estabelecer Seu reino (Mateus 24.30-31; 25.31-46; Apocalipse 19.11-21; 20.4-6).[1]
Portanto, o tempo de angústia para Jacó enfatiza o aspecto da Tribulação futura que expressa a dificuldade pela qual os judeus ou descendentes de Jacó passarão durante esse período. [...]

Por que a Tribulação é Importante?

A Tribulação é importante para os crentes hoje por várias razões. Em primeiro lugar, o estudo da Palavra de Deus é sempre importante, e deve ser feito com cuidado. Independentemente do tipo de passagens estudadas, sejam sobre aliança ou cronologia, poesia, parábola, ou profecia, todas devem ser estudadas e aplicadas diligentemente. "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra" (2 Timóteo 3.16-17). A Tribulação é importante porque é ensinada na Bíblia.

Em segundo lugar, a Tribulação é importante porque, de certa forma, Satanás é desmascarado e vemos suas verdadeiras intenções e motivações. Essa compreensão do seu plano, se aplicada corretamente, pode ajudar o crente hoje na batalha espiritual.

Por exemplo, vemos que durante a Tribulação, Satanás usa a religião como um caminho falso e enganador. Isso é uma advertência para nós hoje.

Em terceiro lugar, a Tribulação é importante para nós porque grande parte do que vemos hoje e vimos no passado é uma preparação para o que virá. Por exemplo, o impulso atual para a globalização não pode surpreender aqueles que estão cientes do que a Bíblia ensina sobre o futuro. Porque nosso Deus Soberano ordenou anteriormente esses eventos, devemos nos confortar com o fato de que Ele está no controle. Esse tempo futuro de intensa maldade é a manifestação máxima da natureza pecaminosa da humanidade conjugada ao plano rebelde de Satanás. Mas ambos serão levados a julgamento por parte de um Deus justo e onipotente.

Conclusão

A história humana está cheia de tragédias e desespero pessoal, nacional e internacional. Em cada século, em cada império e em cada era houve manifestações do pecado original, da queda e da atividade satânica. As passagens da profecia bíblica (e outras passagens da Bíblia) ensinam claramente que o futuro trará um período específico de trauma e de tragédia extremos, durante o qual o terror e a tribulação serão intensos e internacionais. Essa era durará sete anos e, depois da batalha de Armagedom, culminará na Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo para estabelecer Seu reino milenar na terra. Nós acreditamos que essa era de Tribulação, cheia de destruição e perseguição, acontecerá depois do Arrebatamento da Igreja. Isto, porém, não isenta os crentes de hoje das suas responsabilidade diárias, do evangelismo, do discipulado e da vida santificada. A tribulação é certa, mas a vitória também é. Com relação à Tribulação, não devemos nos preocupar em como será a vida naqueles dias, mas sim, em como está a nossa vida hoje em dia. "Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus" (Efésios 5.15-16).

|  Autor: Thomas Ice e Timothy Demy  |  Divulgação: estudosgospel.Com.BR